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A ALMA IMORAL

Texto: adaptação de Clarice Niskier do livro “A Alma Imoral”, de Nilton Bonder
Elenco: Clarice Niskier
Supervisão de Direção: Amir Haddad
Iluminação: Aurelio De Simoni
Trilha Original: José Maria Braga
Cenografia: Luis Martins
Cenotécnico: Guilherme Morbey
Operador de luz: Carlos Henrique Alves Pereira
Operadora de som: José Maria Braga
Produção: José Maria Braga
VISITEM A WEBPAGE http://www.almaimoral.com/

Segundas intenções

Ed. Rocco

segundas intenções livro

“Há purezas que são devassas e há depravações que são santas. Há naturalidades que são falsas e há invenções que são originais. Tudo dependerá de onde estiver a intenção, no seu lugar de primeira ou de segunda”, diz o autor, que convida os leitores a se reconhecerem em suas segundas intenções. Ao aproximarmos o corpo e a alma, somos capazes de eliminar os efeitos colaterais da inveja e do assédio, descobrindo as dimensões do amor, da tolerância, do educar e da esperança. Será decretado, então, o fim da vergonha.

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O HOMEM LÚCIDO

José Saramago registrado por Sebastião Salgado.

José Saramago registrado por Sebastião Salgado

[extraído do final do belíssimo filme “Separações” (2002) do mestre Domingos de Oliveira.]

O Homem Lúcido

O homem lúcido sabe que a vida é uma carga tamanha de acontecimentos e emoções que ele nunca se entusiasma com ela. Assim como ele nunca tem memórias. O homem lúcido sabe que o viver e o morrer são o mesmo em matéria de valor posto que a vida contém tantos sofrimentos que a sua cessação não pode ser considerada um mal.

O homem lúcido sabe que ele é o equilibrista na corda bamba da existência. Ele sabe que por opção ou por acidente é possível cair no abismo a qualquer momento interrompendo a sessão do circo.

Pode também o homem lúcido optar pela vida. Aí então ele esgotará todas as suas possibilidadades. Ele passeará pelo seu campo aberto, pelas suas vielas floridas. Ele saberá ver a beleza em tudo! Ele terá amantes, amigos, ideais. Urdirá planos e os realizará. Resistirá aos infortúnios e até mesmo às doenças. E se atingido por um desses emissários saberá suportá-los com coragem e com mansidão.

E morrerá, o homem lúcido, de causas naturais e em idade avançada. Cercado pelos seus filhos e pelos seus netos que seguirão a sua magnífica aventura. Pairará então sobre a memória do homem lúcido uma aura de bondade.

Dir-se-á: – Aquele amou muito. Aquele fez muito bem às pessoas!

A Justa Lei Máxima da Natureza obriga que a quantidade de acontecimentos maus na vida de um homem se iguale sempre à quantidade de acontecimentos favoráveis. O homem lúcido porém, esse que optou pela vida com o consentimento dos deuses, tem o poder magno de alterar essa lei. Na sua vida, os acontecimentos favoráveis serão sempre maioria…Porque essa é uma cortesia que a Natureza faz com Os Homens Lúcidos.”

O texto é uma livre tradução, parte de um Tratado sobre a Lucidez, que teria sido escrito no séc. VI a.C, na Caldéia – parte sul e mais fértil da Mesopotâmia, entre os rios Eufrates e Tigre.

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